Em uma luta que seria um divisor de águas na carreira de ambos os pugilistas, Oleksandr Usyk derrotou Tyson Fury em um rematch aguardado por fãs de boxe ao redor do mundo. O combate aconteceu no último sábado em Riad, na Arábia Saudita, e teve como pano de fundo a defesa dos títulos mundiais unificados da categoria peso-pesado por parte de Usyk. Essa nova vitória solidifica a posição do ucraniano como um dos maiores nomes do boxe moderno e provoca questionamentos sobre o futuro de Fury, que agora enfrenta a pressão de voltar a se estabelecer no cenário das grandes lutas.
Este embate foi o segundo que os lutadores travaram dentro do ringue, o primeiro tendo ocorrido em maio do mesmo ano, quando Usyk saiu vencedor por decisão dividida. Essa vitória foi histórica, uma vez que Fury, até então invicto, sofreu sua primeira derrota, o que imediatamente desencadeou o clamor por um rematch. E assim, os holofotes se acenderam novamente para um dos maiores confrontos do boxe, atraindo atenção não apenas dos aficionados por esportes, mas de toda a mídia internacional.
Na noite do rematch, Fury teve uma postura diferente em relação à luta anterior, buscando usar sua altura e envergadura para manter Usyk, considerado menor e mais rápido, à distância. A estratégia parecia até então funcionar, mas Usyk, sempre ágil, começou a se sobrepôr ao britânico nas fases finais do combate. Uma vez que Fury começou a demonstrar sinais de cansaço, foi nesse momento que Usyk, conhecido por sua resistência inabalável, aproveitou para dominar a luta com um impressionante controle técnico.
Os números falam por si mesmos; segundo informações da Associated Press, Usyk conseguiu conectar 179 socos de um total de 423 lançados, o que representa uma taxa de acerto de 42%. Em comparação, Fury teve um desempenho inferior, acertando apenas 144 de seus 509 golpes, com uma taxa de 28%. À medida que a luta se acercava do fim, Fury, em busca de um nocaute que poderia reverter seu destino, não conseguiu encontrar o caminho da vitória e viu-se impotente contra a firmeza de Usyk.
Ao fim do combate, o placar foi unânime, com todos os juízes marcando 116-112 a favor de Usyk, uma decisão que não agradou os apoiadores de Fury, que criticaram a arbitragem. Em coletiva de imprensa, Fury expressou sua desacordo com o resultado, afirmando que, em sua opinião, ainda tinha vencido ambas as lutas contra Usyk. “Eu sempre acreditarei que ganhei essa luta”, declarou o lutador, que se mostrou decepcionado com o desfecho, mas também compreendeu que tais reviravoltas fazem parte do esporte e que não faria sentido lamentar por muito tempo.
O que contribuiu para o espetáculo da noite foram não apenas as habilidades dos-boxeadores, mas também o clima que envolvia o evento. Fury fez uma entrada inusitada e festiva, ao som do clássico natalino “All I Want for Christmas Is You” de Mariah Carey e vestido como Papai Noel. Após a derrota, ele fez uma piada sugerindo que o presente de Natal chegou mais cedo para Usyk, insinuando que o campeão ucraniano teve “um presente dos juízes”. A irreverência de Fury continua a ser uma característica marcante de sua persona fora dos ringues.
Enquanto Fury processa a derrota, Usyk fez questão de lembrar que o importante é o momento atual e o futuro que se apresenta diante dele. Em suas próprias palavras, ele expressou o desejo de agora se desconectar do boxe, descansar e dedicar tempo à sua família. Em meio a toda a tensão das lutas e das expectativas do mundo do boxe, Usyk fez questão de ressaltar a importância de momentos tranquilos e familiares.
Este rematch não apenas reafirma a presença de Usykno topo da divisão dos pesos-pesados, mas também levanta questões sobre o futuro de Tyson Fury no boxe. Agora, após duas derrotas em sua carreira, especificamente para o mesmo adversário, o que será do “Gypsy King”? Um retorno triunfante ou um prolongado hiato para refletir sobre sua trajetória no boxe? As próximas lutas certamente trarão novas respostas, e os fãs aguardam ansiosamente o que está por vir no mundo do boxe profissional.
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