Blake Lively está enfrentando um momento de intensas provações, mas está longe de estar sozinha. Recentemente, surgiram acusações contra seu co-estrela e diretor em “It Ends With Us”, Justin Baldoni, envolvendo assédio sexual e uma suposta campanha para prejudicar sua reputação. Em meio a essa tempestade, Lively tem recebido apoio significativo de colegas e figuras proeminentes do setor, que saíram em defesa dela e expressaram solidariedade em relação às acusações que ela fez.
A renomada autora Colleen Hoover, cujo livro serviu de base para o filme, compartilhou uma mensagem encorajadora nas suas redes sociais, elogiando a atitude de Lively desde o seu primeiro encontro. Em um post no Instagram, Hoover declarou: “@blakelively, você foi nada menos que honesta, gentil, solidária e paciente desde o dia em que nos conhecemos. Obrigada por ser exatamente a pessoa que você é. Nunca mude, nunca murcha”, acompanhada de uma foto onde as duas aparecem juntas, abraçadas com sorrisos genuínos.
A solidariedade à Lively não veio apenas de Hoover. Suas co-estrelas na aclamada produção “The Sisterhood of the Traveling Pants”, América Ferrera, Amber Tamblyn e Alexis Bledel, também emitiram uma declaração em conjunto, na qual expressaram seu apoio incondicional: “Como amigas e irmãs de Blake há mais de 20 anos, estamos com ela em solidariedade enquanto ela luta contra a campanha relatada que busca destruir sua reputação.”
Na declaração, elas evidenciaram a coragem de Lively durante as filmagens de “It Ends With Us”, onde ela, segundo suas colegas, se manifestou em prol de um ambiente de trabalho seguro para si e para outros colegas de elenco. “Estamos horrorizadas com a evidência de um esforço premeditado e vingativo que se seguiu para desacreditar sua voz. O mais preocupante é a exploração desavergonhada das histórias de sobreviventes de violência doméstica para silenciar uma mulher que pediu por segurança. A hipocrisia é assombrosa”, afirmaram.
O desdobramento do caso ocorreu no final de semana, quando foi revelado que Lively entrou com uma reclamação junto ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia contra Baldoni, fazendo alegações de assédio sexual e detalhando um plano supostamente coordenado para “destruir” sua reputação. Essas informações foram confirmadas pelo New York Times, que obteve acesso ao documento da reclamação.
Justin Baldoni, por sua vez, tem negado todas as alegações contra ele. Bryan Freedman, advogado que representa Baldoni e sua produtora, Wayfarer Studios, classificou as acusações de Lively como “completamente falsas, absurdas e intencionalmente sensacionais, com a intenção de ferir publicamente e reavivar uma narrativa na mídia.” Ele acrescentou que é vergonhoso que Lively e seus representantes façam acusações tão sérias e categoricamente falsas como um esforço desesperado para “corrigir” sua reputação negativa, a qual, segundo Freedman, foi resultado de suas próprias ações e comentários feitos durante a campanha de divulgação do filme.
O caso transcende um simples embate entre duas figuras do entretenimento; ele levanta questões profundas sobre a segurança das mulheres no local de trabalho e o tratamento que recebem ao denunciar assédio. Muitas outras figuras da indústria cultural e artística, que testemunharam ou vivenciaram situações semelhantes, expressaram sua indignação e apoio a Lively, destacando que mesmo uma mulher tão forte e respeitada quanto ela ainda pode enfrentar retaliação por exigir um ambiente de trabalho seguro. A declaração de Ferrera, Tamblyn e Bledel conclui com a afirmação de que estão inspiradas pela coragem de sua amiga em se manifestar em defesa de si mesma e de outros.”
A situação serviu para reacender um debate necessário sobre o assédio sexual e a crescente proteção às vítimas dentro do ambiente de trabalho de Hollywood. Que essa história não se torne mais uma estatística, mas sim uma chamada à ação para proteger e valorizar os direitos de todos os trabalhadores da indústria do entretenimento.