O astro Adrien Brody, conhecido por sua impressionante atuação no filme “O Pianista”, lança luz sobre os sérios desafios que enfrentou em sua saúde mental e física após assumir o papel de Władysław Szpilman, um sobrevivente do Holocausto, na obra de Roman Polanski de 2003. Em uma recente entrevista para a Vulture, publicada no dia 23 de dezembro, Brody desnudou como a busca pela veracidade em sua interpretação o levou a desenvolver um transtorno alimentar e a enfrentar episódios de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Em preparação para o papel, o ator tomou a drástica decisão de seguir uma dieta quase de inanição, o que resultou em uma perda de 14 kg, fazendo com que seu peso caísse para apenas 58 kg. Durante esse processo, uma das preocupações evidentes foi que Brody quase não ingeriu água antes do início das gravações, o que evidenciou o nível extremo até o qual ele se submeteu em nome da arte e do storytelling. “A transformação física foi necessária para a narrativa”, explica ele na entrevista. No entanto, essa busca intensa pela veracidade emocional resultou em experiências profundas de fome e vazio que ele nunca havia sentido antes. “Isso me abriu espiritualmente para uma compreensão mais profunda de emptiness e hunger de uma forma que nunca soube”, refletiu o ator.
Apesar do sucesso, Brody não esconde que as consequências dessa preparação foram duradouras e devastadoras. Ele relatou que lidou com insônia severa, ataques de pânico e TEPT durante um longo período após as filmagens. “Definitivamente, tive um transtorno alimentar por pelo menos um ano”, revelou. Ao abordar o tema da depressão, o ator fez uma brincadeira, dizendo: “E então fiquei deprimido por um ano, senão por toda a vida. Estou brincando, estou brincando.” Isso ilustra o humor do ator, mas também acena para um fato mais sério: o impacto psicológico que essa transformação corporal teve em sua vida pessoal.
Brody não é um estranho ao método de atuação, reconhecendo que frequentemente se submete a extremos para se preparar para seus papéis. Para demonstrar o quanto leva a sério seu ofício, ele mencionou que, em outras produções, como “O Casaco”, pediu para ser mantido em uma camisa de força para se acostumar com a experiência. Em um outro filme, “Verão de Sam”, ele sofreu uma fratura no nariz após um acidente durante as filmagens, deixando-lhe uma marca permanente. Seu compromisso com a autenticidade é inegável e, em “Wrecked”, chegou até a comer formigas e vermes para interpretar um personagem perdido na floresta.
A mais recente atuação de Brody no cinema está no filme “The Brutalist”, onde ele interpreta o arquiteto húngaro-judeu László Toth, que sobrevive ao Holocausto e emigra para os Estados Unidos em busca de novas oportunidades. Recentemente, em 3 de dezembro, ele foi premiado como Melhor Ator pelo New York Film Critics’ Circle, uma prova de que, apesar das dificuldades enfrentadas, seu talento continua a ser reconhecido na indústria cinematográfica.
É fundamental que a indústria cinematográfica e os fãs estejam cientes dos sacrifícios que muitos atores como Adrien Brody fazem para entregar performances memoráveis. Apesar de seu humor e resiliência, os desafios que ele enfrentou são um lembrete da necessidade de um diálogo aberto sobre saúde mental, especialmente dentro do mundo do entretenimento, onde as expectativas podem ser avassaladoras.
Portanto, ao assistir a um filme que conta histórias profundas e dolorosas, como “O Pianista”, é importante lembrar que, por trás da tela, os atores muitas vezes enfrentam suas próprias batalhas silenciosas em busca de deliver performances que ecoam a verdade nua e crua da experiência humana.
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