Dixon Handshaw, um homem que acreditou ser filho único durante a maior parte de sua vida, viu seu sonho se tornar realidade ao descobrir que tem irmãos biológicos. Aos 75 anos, ele se reuniu com parte de sua família biológica a tempo para as festividades de fim de ano, uma experiência que ele descreveu como seu “milagre de Natal”. Esta história emocionante não só toca o coração, mas também levanta questões sobre a adoção e os laços familiares que podem ser redescobertos mesmo após décadas de separação.

Residente da Carolina do Norte, Handshaw voou para Rochester, Nova York, onde teve seu primeiro encontro com alguns de seus meio-irmãos antes da tradicional festa de Natal da família. “Toda a minha vida, sonhei em ter irmãos por aí”, compartilhou Handshaw em entrevista à afiliada da CNN, WHAM. “Isso é o meu milagre de Natal”, afirmou, sentado na sala de espera do aeroporto enquanto aguardava ansiosamente por este momento tão esperado.

No sábado seguinte, Handshaw participou de uma reunião familiar que incluiu mais de 50 parentes que ele desconhecia até o início deste ano. Este encontro, que contou com primos e seus filhos, foi uma agradável surpresa para Handshaw, uma vez que ele foi criado como único filho de seus pais adotivos e não possui filhos próprios. “Nunca conheci ninguém que compartilhasse meu DNA”, refletiu Handshaw. No entanto, imediatamente ao encontrar seus parentes, ele sentiu uma conexão instantânea. “Foi maravilhoso. Eu nunca senti um amor tão incondicional como o que recebi da minha nova família”, comentou, com os olhos brilhando de emoção.

Dixon Handshaw nasceu em Buffalo, Nova York, em 1949, e foi adotado aos três meses de vida. Ele se recorda de ter tido uma infância feliz, enfatizando que seus pais sempre foram honestos sobre sua adoção. “Sempre quis encontrá-los, mas o estado de Nova York selou os certificados de nascimento anteriores à adoção, e foi impossível descobrir a verdade”, lamentou Handshaw. Uma mudança significativa aconteceu em 2020, quando os certificados de nascimento originais foram liberados para os adotados em Nova York, devido à aprovação de uma lei em 2019.

Em agosto deste ano, Handshaw finalmente obteve seu certificado de nascimento original e descobriu o nome de seu pai biológico: Robert “Bud” Romig. “A primeira coisa que fiz quando recebi o nome do meu pai foi procurar no Google, e apareceu o seu obituário”, confessou Handshaw. “Fiquei chocado ao ver que eu era a cara dele, mas, ao mesmo tempo, soube imediatamente que tinha irmãos e uma irmã”, acrescentou, trazendo um misto de alegria e tristeza ao relembrar a descoberta.

Handshaw não sabe ao certo o motivo de sua adoção, mas sabe que seu pai era estudante de pós-graduação no departamento de física da Universidade de Cornell. Sua mãe trabalhava como secretária no departamento, conforme ele explicou. Após o parto, Romig se estabeleceu em Rochester com uma mulher que tinha três filhos e acabou adotando os meninos. Handshaw decidiu entrar em contato com Gary Romig, um dos filhos adotivos de seu pai, acreditando que ele poderia ser empático à sua situação.

Gary lembra bem do momento em que recebeu a primeira ligação de Handshaw durante seu intervalo para o almoço. “Recebi uma ligação e não reconheci o número. Raramente atendo chamadas de números desconhecidos, mas por algum motivo, atendi”, contou Romig. “E ele se apresentou: ‘Oi, meu nome é Dixon. Você é Gary Romig?’ Eu disse que sim, e ele continuou: ‘Sou seu irmão”, descreveu Gary, ainda incrédulo com a revelação.

Handshaw enviou uma foto de si mesmo para Gary, que imediatamente reconheceu o rosto do padrasto. “Enviei uma foto para ele, e Gary a compartilhou com todos os irmãos. Todos disseram: ‘É o pai!’” riu Handshaw. Gary manteve seus irmãos em suspense por duas horas e meia antes de finalmente anunciar: “Esse é o seu novo irmão”, relatou o novo membro da família.

Embora Handshaw não passe o Dia de Natal com sua nova família, ele já planejou encontros futuros. “Vamos acampar juntos neste verão”, disse ele, revelando que já criaram um grupo de mensagens no celular onde trocam mensagens diariamente. “Estamos em contato todos os dias”, enfatizou. O reencontro, embora tardio, está trazendo alegria e um sentimento renovado de pertencimento para todos os envolvidos.

Handshaw reflete sobre sua vida, afirmando que teve pais adotivos ótimos e que sempre os amou e sentirá falta deles. Mas, ao mesmo tempo, ele expressou a felicidade que sente agora por finalmente ter irmãos para compartilhar momentos. “Pensei que um ou dois iriam ser ótimos. Acabei ganhando seis!” concluiu Handshaw, em um sorriso que traduz toda a felicidade que a redescoberta da família trouxe para sua vida.

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