Sequência de ‘Smile’ supera expectativa e se desponta nas bilheteiras
O cineasta Parker Finn, responsável pela direção e roteiro de ‘Smile 2’, demonstrou habilidade ao criar uma sequência que conseguiu não apenas igualar, mas também superar o sucesso de seu antecessor, ‘Smile’, lançado em 2022. Geralmente, as continuações de filmes de terror enfrentam dificuldades em alcançar o mesmo nível de aclamação do público e da crítica, mas a nova obra de Finn conseguiu justamente isso, atraindo espectadores e garantindo uma performance significativa nas bilheteiras. O filme, que estreou com uma arrecadação de US$ 23 milhões, está em caminho de superar a abertura de ‘Smile’, que alcançou US$ 22,6 milhões em seu lançamento. O que inicia o grande sucesso de ‘Smile 2’ não é apenas a habilidade de Finn como diretor, mas também uma narrativa que permanece envolvente, mantendo o interesse do público enquanto adiciona novas camadas à história original.
A narrativa de ‘Smile’, que tratava de uma maldição que se propagava através de sorrisos perturbadores, foi inicialmente produzida para streaming, mas a recepção positiva em exibições de teste levou a Paramount a decidir lançá-lo nos cinemas. Com um orçamento de apenas US$ 17 milhões, o primeiro filme arrecadou impressionantes US$ 217 milhões globalmente. Tal sucesso gerou expectativas para a sequência, que se desdobrou em um grande evento cinematográfico. A ideia de expandir o universo de ‘Smile’ partiu imediatamente após o primeiro fim de semana de exibição, e Finn decidiu seguir uma nova direção com a inclusão de Skye Riley, a personagem interpretada por Naomi Scott, uma estrela pop que se torna central na nova trama.
Inovações na trama e performances marcantes
Naomi Scott foi escolhida para desempenhar um papel de destaque em ‘Smile 2’, e seu desempenho já está sendo considerado por muitos como uma das melhores representações de sua carreira. Finn expressou crença em que a performance de Scott, no papel de uma popstar atormentada, mereceria reconhecimento em premiações da indústria, uma vez que sua habilidade de transitar entre a imagem pública de uma artista glamourosa e as profundas vulnerabilidades de seu personagem revela sua versatilidade. A equipe de produção e seu diretor também valorizaram a ideia de que as sequências de terror exigem uma abordagem mais humana, não apenas focando em sustos, mas explorando o drama psicológico por trás dos personagens.
A escolha de centralizar a trama em torno de Skye foi bem recebida pelo elenco, especialmente por Kyle Gallner, que retorna em ‘Smile 2’ e apoia as decisões criativas de Finn. Apesar de muitos esperarem a continuidade da história de Joel, personagem interpretado por Gallner no primeiro filme, o diretor afirmou que a busca por um novo foco de interesse era essencial para a evolução da narrativa. Finn também elogiou a interpretação de Scott, afirmando que sua capacidade de cantar e dançar no filme, além de demonstrar vulnerabilidade emocional em sua performance, era impressionante.
Comparações e influências na cinematografia contemporânea
Com a recente estreia de ‘Trap’, um thriller centrado em uma popstar desenvolvido por M. Night Shyamalan, Finn expressou sua surpresa ao perceber que ambos os filmes possuem elementos semelhantes, embora sejam obras distintas em termos de narrativa e execução. Ele reconheceu que a presença de estrelas pop em ambos os filmes é uma coincidência, e não uma preocupação de que ambos pudessem ser vistos como parte de um fenômeno de “filmes gêmeos”, uma situação comum na indústria cinematográfica. Finn reiterou que a singularidade de cada filme garante espaço para diferentes histórias dentro do gênero de terror.
Ademais, a comparação com outros filmes, como ‘Possession’, de Andrzej Żuławski, também surgiu durante a discussão sobre referências e homenagens no cinema atual. Finn revelou que ele e Robert Pattinson têm planos para um remake de ‘Possession’, um filme amplamente respeitado que não seria fácil de reinventar, mas que ambos sentem que têm a audácia necessária para abordá-lo. Isso acrescenta uma camada interessante ao debate sobre as influências e inovações que os cineastas contemporâneos trazem para suas obras.
A continuidade do universo de Smile e possibilidades futuras
Ao falar sobre o futuro da franquia ‘Smile’, Finn deixou claro que o final de ‘Smile 2’ sugere uma direção intrigante para uma possível terceira parte. Ele enfatizou que, apesar de expandir o escopo de futuras histórias, o foco permanecerá em narrativas que exploram profundamente as emoções humanas. “Quero que o público se identifique”, declarou, refletindo sobre a importância de construir personagens complexos e envolventes que ressoem com os espectadores. Esta abordagem promete garantir que, mesmo em uma sequência de eventos mais grandiosa, o coração emocional e os temas centrais dos personagens não sejam perdidos.
O diálogo contínuo sobre o valor do gênero de terror e a relevância criativa de narrativas centradas no ser humano são vitais para a evolução do cinema de horror, e ‘Smile 2’ já está em cartaz nos cinemas, aguardando sua recepção nas premiações e discussões sobre cinema ao longo do ano.