Todo início de ano, aproximadamente metade dos adultos americanos se junta à longa tradição de fazer resoluções de Ano Novo. Essas promessas que fazem a si mesmos e ao universo, geralmente envolvem se abster das coisas que amamos e nos comprometer com atividades que a sociedade considera necessárias, mas que muitas vezes nos deixam insatisfeitos. Para muitos de nós, as resoluções – de ler ou fazer exercícios físicos com frequência, ou ainda de comer e beber menos – costumam ser as mesmas a cada ano, resultando em desilusões repetidas.
Pesquisas indicam que cerca de 80% das resoluções de Ano Novo são abandonadas até a metade de fevereiro. Ao chegarmos no Dia dos Namorados, é comum que nos sintamos mal por termos falhado em nossa auto-obrigação, e quando o dia 31 de dezembro chega novamente, surge a mentalidade de “ano novo, vida nova”, levando-nos a estabelecer mais uma vez promessas que, ao final do próximo ano, apenas nos deixarão desapontados. O ciclo se repete, e a insatisfação com nós mesmos se torna um caminho familiar.
Mas e se, em vez de buscar incessantemente a autocrítica, utilizássemos esta oportunidade de recomeço em janeiro para redefinir nossa abordagem? O caminho para um 2025 mais feliz e produtivo pode estar menos relacionado a promessas desgastadas de autoaperfeiçoamento e mais focado em como realmente gastamos nosso tempo. Que tal, em vez de nos comprometermos com intenções de mudança, começarmos a dizer não – não apenas para questões externas, mas principalmente para os compromissos que nos drenam e consomem nossa energia, sem nos retribuir?
Nesse sentido, aqui estão cinco sugestões para considerar ao dizer “não” neste janeiro, ao invés de assumir novas resoluções. O primeiro é dizer não àquelas atividades que ainda estamos fazendo, principalmente por medo de decepcionar outras pessoas. Muitas vezes, a pressão social e a expectativa de cumprir obrigações nos levam a permanecer em atividades que drenam nossa vitalidade. O desconforto de ter uma conversa franca muitas vezes vale a liberdade que se segue.
Em segundo lugar, considere dizer não a atividades que nossos filhos não gostam. Muitos pais hesitam em permitir que seus filhos deixem de participar de esportes ou atividades similares, temendo que isso ensine lições erradas. Contudo, dar espaço na agenda familiar pode não apenas reduzir a tensão em casa, mas também proporcionar aos nossos filhos a chance de descobrir suas verdadeiras paixões.
Outro aspecto fundamental é lidar com a noção de que “tem que ser você” a resolver certas tarefas. Aqueles que sempre arcam com responsabilidades adicionais costumam se sentir na obrigação de executar tudo sozinhos. Enquanto ser a pessoa confiável pode parecer positivo, assumir esse papel apenas aumenta o número de solicitações. Às vezes, é essencial permitir que outras pessoas também façam suas contribuições.
Um quarto ponto a ser considerado é dizer não a tudo que impede a realização de atividades verdadeiramente significativas. Nosso tempo e recursos são limitados e, para dedicar atenção ao que realmente importa, precisamos ser específicos e honestos sobre quais são as nossas prioridades. Isso pode exigir um corte drástico nas obrigações que nos afastam do que realmente desejamos.
Por fim, é crucial dizer não para a ideia de que devemos sempre “corrigir” a nós mesmos. Com frequência, nossas resoluções de Ano Novo se tornam tarefas destinadas a melhorar aspectos que consideramos negativos, em vez de honrar nossas paixões e os aspectos positivos de nossas vidas. Este ano, que tal trocarmos as resoluções por “resoNOtions”, ou seja, compromissos com nós mesmos para limpar o caminho e abrir espaço para todas as coisas boas que a vida nos oferece?
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