No primeiro dia do ano, a cidade de Nova Orleans foi abalada por um ataque terrorista que resultou na morte de quinze pessoas, incluindo o agressor, Shamsud-Din Jabbar. O FBI, por meio do vice-diretor assistente da divisão de contraterrorismo, Christopher Raia, confirmou em uma coletiva de imprensa realizada no dia 2 de janeiro, que as investigações apontam que Jabbar agiu de forma isolada e não havia outros indivíduos envolvidos no crime, uma mudança significativa em relação a afirmações anteriores que insinuavam a participação de múltiplas pessoas.

Durante o ataque, Jabbar utilizou uma caminhonete Ford F-150, a qual alugara em Houston no dia 30 de dezembro, e dirigiu até Nova Orleans no dia 31. Vídeos de segurança mostram Jabbar colocando dispositivos explosivos improvisados (IEDs) em duas localizações diferentes no famoso French Quarter da cidade, especificamente na Bourbon Street e na Orleans Street. O advogado geral da Louisiana, Liz Murrill, afirmou que os explosivos pareciam ter sido fabricados em uma propriedade que posteriormente pegou fogo, um incidente que também está sendo investigado pelas autoridades.

A partir de imagens de câmeras de segurança, é possível observar pessoas se aproximando dos coolers onde os IEDs estavam armazenados, e essas pessoas estão sendo procuradas como potenciais testemunhas. Raia informou que os dispositivos explosivos foram instalados em coolers, e um dos locais incendiados estava sob a custódia das autoridades, indicando que um trabalho profundo ainda pave ser realizado para compreender a complexidade dos eventos que levaram a essa tragédia.

O agente especial em comando da ATF em Nova Orleans, Joshua Jackson, ressaltou que o incêndio na casa onde os explosivos foram fabricados provavelmente começou após a morte de Jabbar e levantou a hipótese de que explosões possam ter sido causadas por cordões longos ou panelas de pressão. A situação ainda está sendo avaliada, e as autoridades mantêm um foco minucioso para evitar mais incidentes.

Jabbar foi responsável por causar pânico ao dirigir sua caminhonete em um aglomerado de pessoas na Bourbon Street, um dos trechos turísticos mais movimentados durante as festividades de Ano Novo. Após o ataque, ele foi abatido pela polícia local em um confronto. Um detalhe chocante revelado por Raia é que o suspeito estava “100% inspirado” pelo grupo terrorista ISIS, e a bandeira do grupo foi encontrada na caçamba do veículo. O FBI investiga possíveis ligações de Jabbar com outras organizações terroristas, embora o ISIS ainda não tenha reivindicado nenhuma responsabilidade pelo ataque.

Redes sociais também desempenharam um papel crucial na trajetória de Jabbar. Horas antes do ataque, ele postou vídeos em sua conta no Facebook, nos quais declarava sua lealdade ao ISIS. Segundo Raia, o plano inicial de Jabbar era causar dano a seus próprios familiares e amigos, porém ele supôs que isso não despertaria a cobertura da mídia necessária para chamar a atenção para o “conflito entre os crentes e os descrentes”. Essa escolha revela uma perturbação profunda e uma busca por notoriedade ligada à ideologia extremista.

A invasão à segurança coletiva em Nova Orleans gerou um impacto imediato na cidade, onde a prefeita, LaToya Cantrell, anunciou a reabertura da Bourbon Street para pedestres às 14h30, a fim de que a cidade recuperasse um semblante de normalidade antes do início do Sugar Bowl. A rápida ação das autoridades locais, juntamente com os esforços do FBI e da ATF, visa não apenas a restauração da ordem na cidade, mas também a prevenção de futuros ataques que possam ameaçar a segurança da população.

Conforme as investigações prosseguem, Raia mencionou que, até o momento, não há um “vínculo definitivo” entre o ataque em Nova Orleans e a explosão do Cybertruck nas proximidades do Trump International Hotel em Las Vegas. Esse tipo de acontecimento exige uma vigilância constante e uma resposta colaborativa entre as agências de segurança, pois o terrorismo pode surgir em qualquer lugar, a qualquer momento, e o público precisa estar sempre atento.

A tragédia que se abateu sobre Nova Orleans exemplifica a necessidade de um enfoque preventivo em relação ao terrorismo. A conscientização das comunidades, a resposta ágil das autoridades e a colaboração da população são fundamentais para garantir que eventos como esse não se repitam no futuro. A cidade, conhecida por sua rica cultura e festividades vibrantes, aguarda um retorno à normalidade, ao mesmo tempo em que carrega a dor e a responsabilidade de enfrentar as consequências desse ataque devastador.

Para mais informações sobre segurança e tragédias envolvendo terrorismo, visite os sites das autoridades de segurança local e federal.

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