A disputa legal entre Blake Lively e Justin Baldoni se intensifica após um artigo impactante do The New York Times que detalha as alegações de assédio sexual que Lively, de 37 anos, fez contra o diretor e co-estrela do filme *It Ends with Us*. A resposta dos advogados de Lively refutou as alegações de Baldoni, que processou o jornal por um artigo publicado em 21 de dezembro, onde estavam expostas as queixas da atriz.
No dia 31 de dezembro, Justin Baldoni, junto com seu estúdio Wayfarer e outros parceiros de negócios, protocolou uma queixa de 87 páginas no tribunal, buscando $250 milhões em danos, alegando difamação, invasão de privacidade, fraude promissória e violação de contrato implícito. O processo surge em meio a um cenário já crítico, onde Lively havia apresentado uma queixa ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia devido a diversas alegações contra Baldoni, que incluem não apenas o assédio, mas também uma suposta campanha retaliatória.
Em uma declaração divulgada ao PEOPLE, os advogados de Lively posicionaram-se firmemente, afirmando que “nada neste processo altera as alegações apresentadas na queixa da Srta. Lively”. Eles também encorajaram o público a ler a queixa completa, manifestando sua expectativa de abordar cada uma das alegações de Baldoni no tribunal. Essa postura ressalta a determinação da atriz em buscar justiça e se manifestar contra o que considera injustiças no ambiente de trabalho, especialmente em uma indústria marcada por questões de assédio sexual e retaliatório.
A escalada da situação levou Lively a registrar uma queixa federal no Distrito Sul de Nova York, direcionada ao Wayfarer Studios e outros envolvidos na produção do filme. O processo federal vem à tona como uma resposta direta às acusações de Baldoni e seus aliados, que os advogados de Lively sustentam que violaram leis federais e estaduais ao retaliar a atriz por relatar preocupações sobre assédio sexual e segurança no trabalho.
Os advogados de Lively alegaram que a queixa de Baldoni tem um “premissa obviamente falsa” que sugere que a complaint da atriz foi uma farsa, baseando-se na suposição de que ela não tinha intenção de processá-lo. Este espaço de retórica revela as tensões que envolvem não apenas os protagonistas, mas também um contexto mais amplo sobre as dinâmicas de poder em Hollywood, onde muitas vezes as vozes das supostas vítimas são silenciadas pela influência de figuras proeminentes.
A batalha legal está marcada por inúmeras acusações e contra-acusações. Baldoni, em uma declaração sobre a queixa de Lively, a caracterizou como uma “campanha de difamação orquestrada” por ela e sua equipe, sugerindo que a cobertura do The New York Times capitulou às pressões de duas elites “intocáveis” de Hollywood, referindo-se a Lively e seu marido, Ryan Reynolds. As alegações de Baldoni incluem informações pessoais que ele afirma terem sido tiradas fora de contexto.
O processo não apenas expõe as tensões entre Lively e Baldoni, mas também ilumina a luta contínua das mulheres na indústria cinematográfica para serem ouvidas e protegidas contra formas de assédio e discriminação. Lively expressou suas esperanças de que seu processo leve a uma maior conscientização sobre as táticas retaliatórias que tentam intimidar aqueles que falam sobre má conduta, echoando o clamor por mais proteção e justiça para todos os que enfrentam circunstâncias semelhantes. Esta batalha judicial é observada de perto por aqueles que buscam promover mudanças significativas e reformas essenciais no ambiente de trabalho da indústria do entretenimento.
Assim, a história não é apenas uma luta legal, mas também um reflexo das tensões culturais mais amplas que permeiam a sociedade contemporânea, onde as questões de assédio sexual, poder e responsabilidade ainda desafiam a natureza da convivência humana e profissional.