A história de Connie Campbell, uma menina que, aos 11 anos, foi diagnosticada com um tumor cerebral maligno, ganhou notoriedade após sua mãe atribuir o “deslocamento” do tumor à experiência de Connie em uma montanha-russa. A mãe da menina, Tina Smith, insistiu que a emoção da montanha-russa não apenas desencadeou sintomas de dor de cabeça e vômito, mas também possibilitou que a condição de sua filha fosse descoberta rapidamente, evitando uma possível complicação que poderia ter sido fatal. O que parecia ser apenas um passeio em família se transformou em uma corrida pela vida e na busca por respostas que poderiam realizar a diferença na trajetória da saúde de Connie.
Em agosto de 2022, após visitar um parque de diversões no Reino Unido, Connie começou a apresentar sintomas alarmantes dois dias após o passeio. “Ela começou a ter dores de cabeça e a vomitar”, relatou Tina Smith, de 54 anos, em entrevista ao South West News Service através do The Daily Mail. De acordo com ela, a coincidência do passeio na montanha-russa e os sintomas apresentados por Connie não podiam ser meras casualidades. “Suspeito que as emoções e os movimentos da montanha-russa possam ter deslocado o tumor que estava presente, e se for esse o caso, fico grata, pois o médico nos informou que o encontramos em um momento adequado, antes que se espalhasse para a coluna dela”, revelou a mãe, demonstrando alívio e gratidão pelo diagnóstico precoce.
Connie foi diagnosticada com meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral que se origina na parte posterior do cérebro e é conhecido por ser altamente agressivo. Segundo informações da Cleveland Clinic, o tratamento precoce desse tipo de tumor aumenta significativamente as chances de sobrevivência. Após o diagnóstico, a menina precisou se submeter a um tratamento intensivo, que envolveu cirurgia no cérebro, quimioterapia e radioterapia. O processo foi desafiador, e durante esse período, Connie ficou afastada da escola por um ano, enfrentando os rigores de um tratamento que demandava não apenas força física, mas também resiliência emocional. A batalha contra o câncer infantil é uma jornada árdua, e a família de Connie não enfrentou essa luta sozinha.
Com o intuito de apoiar a pesquisa sobre tumores cerebrais, Tina Smith decidiu organizar uma corrida beneficente durante a maratona de Londres, almejando arrecadar fundos e aumentar a conscientização sobre o câncer nessa faixa etária. “As palavras iniciais do neurocirurgião dela sempre me marcaram – ‘isso é uma maratona, não uma corrida rápida’. Não é uma corrida opcional; é uma corrida pela sobrevivência”, expressou Tina em sua página de arrecadação. Ela acrescentou que Connie tem inspirado não apenas a sua família, mas também toda uma comunidade de pais e crianças que enfrentam diagnósticos complicados e lutam para melhorar suas condições de vida.
Recentes exames de ressonância magnética mostraram que o tumor foi completamente retirado e que Connie está livre de sinais da doença, trazendo alívio e esperança para a família. Em uma postagem no Instagram, Tina compartilhou essa notícia animadora, escrevendo: “Estamos gratos que a última ressonância magnética de Connie foi clara.” O processo de recuperação é longo e desafiador, mas, com cada passo dado, a família se aproxima mais de retornar a uma vida normal, cheia de alegrias e momentos sem a sombra do câncer.
No segundo aniversário da cirurgia cerebral de Connie, Tina compartilhou reflexões profundas sobre a experiência. “O câncer pediátrico é uma espécie de clube exclusivo que ninguém quer fazer parte. No entanto, encontramos uma comunidade maravilhosa composta pelas crianças mais incríveis e pais extraordinários que fariam tudo por seus filhos.” A força de Connie em meio a toda essa adversidade é um testemunho da coragem que as crianças com câncer precisam ter, e a alma resiliente de Tina reflete a determinação dos pais em lutar ao lado de seus filhos. Por fim, a história de Connie não é apenas um relato de sobrevivência, mas também uma celebração da vida e da comunidade que se une para enfrentar a adversidade, provando que, apesar dos desafios, a esperança e a solidariedade podem brilhar mesmo nos momentos mais sombrios.