Florence Pugh, uma das atrizes mais talentosas de sua geração, fez uma reflexão profunda sobre o impacto emocional de seu trabalho no aclamado filme de horror “Midsommar”, lançado em 2019. Durante sua participação no podcast “Reign with Josh Smith”, Pugh compartilhou detalhes sobre como esse papel exigiu que ela mergulhasse em lugares sombrios de sua psique e as lições que aprendeu sobre a proteção de sua saúde mental. O filme, escrito e dirigido pelo cineasta Ari Aster, coloca Pugh na pele de Dani, uma jovem que se vê envolvida em uma seita sueca após enfrentar uma tragédia devastadora na vida. Esse papel exigente não só testou suas habilidades de atuação, mas também trouxe à tona desafios emocionais que a atriz nunca havia enfrentado antes.

Quando questionada sobre como ela tem aprendido a cuidar de si mesma e de seu bem-estar mental durante a atuação, Pugh começou sua resposta com um sincero reconhecimento: “Gosh, that’s a good question — I’m still figuring it out.” Essa declaração simples, mas poderosa, revela a luta contínua que muitos atores enfrentam ao se subir aos palcos e telas, encontrando o equilíbrio entre dar vida a seus personagens e manter sua própria identidade.

Pugh destacou a intensidade emocional que acompanhou o processo de filmagem. Ao se aprofundar totalmente em seus personagens, ela percebeu que sempre havia um pedaço de si mesma ali. “Há sempre um momento no final das filmagens onde eu defendo e protejo esses personagens até o fim, mesmo quando eles cometeram atos horríveis,” explicou. Essa conexão íntima com os personagens pode ser tanto uma benção quanto uma maldição, levando a atriz a sentir que, em certas ocasiões, “abuso” de si mesma. Em uma reflexão intensa sobre sua experiência, Pugh confessou que, durante a filmagem de “Midsommar”, ela realmente sentiu como se estivesse se machucando. “Houve alguns papéis em que eu dei demais e fiquei quebrada por um bom tempo depois,” revelou, enfatizando o quanto esse papel em particular foi exigente e impactante.

Além dos desafios emocionais, Pugh também observou que a própria natureza da narrativa de “Midsommar” a empurrou a limites que ela não havia explorado antes. “Gerenciar um personagem que estava em tanta dor foi algo que eu nunca tinha feito antes, e eu me coloquei em situações tão ruins que talvez outros atores não precisem enfrentar,” compartilhou em um episódio anterior no podcast “Off Menu with Ed Gamble and James Acaster.” A intensidade das filmagens fez com que cada dia se tornasse progressivamente mais desafiador. “As filmagens se tornavam cada vez mais estranhas e difíceis de realizar,” desabafou, indicando que o conteúdo do filme não só testou suas habilidades de interpretação, mas também afetou sua saúde mental.

Florence Pugh attends the EE BAFTA Film Awards 2024 at The Royal Festival Hall on February 18, 2024 in London, England.

Em um tom de reflexão crítica, Pugh concluiu que embora sua atuação em “Midsommar” tenha sido altamente emocional e até mesmo tortuosa, ela não se arrepende do que fez. “O que eu fiz me deixou orgulhosa, e eu não me arrependo. Mas sim, há definitivamente coisas que você precisa respeitar sobre si mesmo,” afirmou Pugh. Isso aponta para um importante crescimento pessoal e profissional, onde a atriz agora entende que é fundamental estabelecer limites claros, sobretudo em relacionamentos complexos com os personagens que interpreta.

Para aqueles que acompanharam a carreira de Florence Pugh, essa revelação é um lembrete poderoso sobre a complexidade da atuação e a importância de cuidar não apenas do corpo, mas também da saúde mental de quem busca se entregar a papéis desafiadores. Os desafios que surgem de performances profundas e intensas, como a de “Midsommar”, não são novidade no mundo do cinema, mas cada vez mais se torna imprescindível que os profissionais da arte façam da autoconservação uma prioridade.

A nova obra “We Live in Time” de Pugh já está disponível sob demanda, e “Midsommar” atualmente pode ser assistido na plataforma Max. Sem dúvida, essas experiências moldaram a trajetória de Pugh, e seu compromisso em encontrar um equilíbrio entre atuação e autocuidado é um tema que ecoa fortemente não apenas entre ator, mas em muitos aspectos da vida moderna.

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