Em uma emocionante virada de eventos, a irmã Inah Canabarro Lucas, uma religiosa brasileira, tornou-se a pessoa mais velha do mundo ao completar 116 anos. A proclamação oficial foi feita no dia 4 de janeiro de 2024, pelo Guinness World Records, após o falecimento da japonesa Tomiko Itooka, que também tinha 116 anos. Com isso, Inah não apenas se torna a mulher mais velha viva, mas também detentora do título de mais velho do planeta, um marco significativo que reflete não só a longevidade impressionante, mas também uma rica trajetória de vida de fé e serviços dedicados ao próximo.
A irmã Inah nasceu em 8 de junho de 1908, na cidade de São Francisco de Assis, no estado do Rio Grande do Sul. Desde cedo, sua vida foi marcada por ensinamentos religiosos e uma forte dedicação ao próximo. Ela começou sua formação religiosa em dezembro de 1928, ao estudar no colégio Santa Teresa de Jesus, localizado em Santana do Livramento, também no Rio Grande do Sul. Em outubro de 1929, Inah foi confirmada na Igreja Católica, um passo significativo em sua vocação ao serviço espiritual que viria a desempenhar por décadas.
Seu trabalho como educadora começou em 1930, quando retornou ao Brasil para lecionar português e matemática em Tijuca, um famoso bairro do Rio de Janeiro. Um ano depois, aos 26 anos, Inah fez seus votos como freira, iniciando uma jornada de mais de setenta anos de serviço à educação e à comunidade. Ela lecionou em diversas instituições ao longo dos anos, sempre com um compromisso inabalável de inspirar e educar as novas gerações.
Aos 116 anos, Inah atribui sua longevidade ao “Senhor”, expressando firmemente que “Ele é o segredo da vida. Ele é o segredo de tudo”. Esse vínculo espiritual não é apenas uma declaração; é uma filosofia de vida que moldou suas decisões e fortaleceu sua fé ao longo dos anos. Além da religião, ela confessa que o futebol ocupa um espaço especial em seu coração. Inah é torcedora do Sport Club Internacional, um clube que, segundo seus próprios dizeres, “representa o povo, seja rico ou pobre”.
Inah Lucas é também reconhecida por seu impacto na educação e sua interação constante com a comunidade. Em 2018, durante seus 110 anos, ela recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco, um reconhecimento não apenas de sua longevidade, mas de sua contribuição ao bem-estar espiritual e educacional dos que a cercam. Este gesto foi uma maneira de celebrar sua vida, uma vida que transcorreu em ensinamentos e dedicação ao próximo.
A notícia de sua nova conquista percorreu o mundo, recebendo atenção significativa da mídia e o carinho de pessoas que se inspiram em sua trajetória. Além de ser um testemunho de uma era, Inah também simboliza a resiliência e a força das mulheres em sua busca por um propósito maior na vida. Para aqueles que a conhecem, Inah é mais que um título; é uma referência viva do amor, compaixão e devoção ao semelhante.
Como um verdadeiro receptor da história, a irmã Inah Canabarro Lucas desafia nossos conceitos de envelhecimento e vitalidade, fazendo-nos refletir sobre o papel que a fé, o amor ao próximo e as paixões simples da vida desempenham em nosso caminho. Ao continuar sua jornada, sua história nos ensina que a vida, em sua essência mais pura, é sobre conexão, sobre fazer a diferença na vida das pessoas e, quem sabe, até mesmo sobre torcer (com emoção, é claro) por um time de futebol que representa o povo.
