Londres
CNN
—
A Ryanair, a maior companhia aérea da Europa, decidiu agir contra comportamentos indesejados em seus voos e moveu uma ação judicial para cobrar €15.000 (aproximadamente R$ 75.000) de um passageiro que causou distúrbios em um voo ocorrido no ano passado.
A companhia aérea, com sede na Irlanda, anunciou na quarta-feira que deu início a um processo judicial contra o passageiro que, segundo relatos, causou uma interrupção em um voo de Dublin para Lanzarote, na Espanha, em abril do ano passado.
“O comportamento inaceitável deste passageiro forçou o voo a ser desviado para o Porto, onde houve um atraso durante a noite, causando uma perturbação desnecessária para 160 passageiros”, afirmou a companhia em um comunicado divulgado online.
A Ryanair também informou que apresentou o caso ao Tribunal da Comarca da Irlanda com a intenção de recuperar os custos relacionados ao atraso, que incluíram despesas de acomodação, custos dos passageiros e taxas de pouso.
Nos últimos anos, vários casos de comportamentos disruptivos em voos da Ryanair foram reportados, levantando questões sobre a segurança e tranquilidade a bordo.
Em novembro, o jornal Independent do Reino Unido noticiou que um voo da Ryanair teve que alertar as autoridades antes de pousar em Tenerife, na Espanha, após vários passageiros se comportarem de maneira disruptiva, incluindo um que urinou no corredor.
Um passageiro que causou perturbação em um voo da Ryanair para Atenas em 2020 foi condenado no mês passado em um tribunal grego, recebendo uma pena suspensa de cinco meses, além de uma multa de €400 (aproximadamente R$ 2.000).
“Isso demonstra apenas uma das muitas consequências que passageiros que interrompem voos enfrentarão como parte da política de zero tolerância da Ryanair”, disse um porta-voz da companhia em um comunicado.
Um porta-voz da Ryanair não forneceu detalhes sobre o incidente em questão, mas afirmou que este é o primeiro caso em que a empresa move uma ação civil contra um passageiro na Irlanda, marcando uma nova abordagem para enfrentar comportamentos indesejados a bordo.
“Planejamos levar adiante ações civis contra passageiros disruptivos como um passo em direção à eliminação desse tipo de comportamento”, acrescentou o porta-voz.
A repórter da CNN, Hanna Ziady, também contribuiu para esta matéria.
