A situação envolvendo Donald Trump continua a atrair a atenção da mídia e da população, especialmente após a decisão da mais alta corte de Nova York de rejeitar o pedido do ex-presidente para adiar a sua sentença relacionada ao infame caso de pagamento de hush money. Na última quinta-feira, a Corte de Apelações do estado negou por dois votos a um pedido apresentado pela defesa de Trump, deixando o Supremo Tribunal dos Estados Unidos como a última instância possível para tentar postergar a audiência marcada para esta sexta-feira.

Nos detalhes que emergiram, Trump havia apelado tanto ao Supremo Tribunal quanto à Corte de Apelações de Nova York para impedir que o juiz Juan Merchan impusesse uma sentença. É importante destacar que, em maio deste ano, Trump foi condenado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais. A gravidade e a natureza desse caso, que lança luz sobre práticas questionáveis realizadas durante sua campanha presidencial de 2016, tornam este um momento decisivo na história jurídica e política dos Estados Unidos.

O juiz Jenny Rivera, da Corte de Apelações, comunicou a rejeição do pedido por meio de uma carta de duas frases que não deixou espaço para ambiguidades. Diante deste cenário, o caminho para Trump agora está nas mãos do Supremo Tribunal, que pode decidir sobre sua tentativa de intervir e impedir a sentença a qualquer momento. Este pedido foi apresentado na quarta-feira, após a Corte de Apelações de Nova York também ter negado a solicitação de Trump para adiar a sentença.

Alvin Bragg, procurador de Manhattan, se posicionou nesta batalha judicial ao informar os juízes em um documento que as amplas proteções que o Supremo Tribunal havia concedido a Trump em julho, relacionadas a ações oficiais enquanto presidente, não deveriam ser aplicadas a este caso. Ele argumentou que o comportamento em questão remonta a 2016, e a defesa criada por Trump não se sustenta, afirmando que a alegação de “imunidade extraordinária” carece de respaldo em decisões judiciais previamente estabelecidas. Bragg enfatizou que “é axiômico que apenas um presidente está no cargo de cada vez”, sublinhando a limitação da imunidade presidencial a seu mandato.

Se a audiência de sentença de sexta-feira ocorrer como previsto, o juiz Merchan já sinalizou que não pretende impor uma punição ao ex-presidente. Contudo, o impacto simbólico e histórico de um ex-presidente sendo sentenciado, e um presidente eleito ainda por assumir, não pode ser subestimado. Essa situação única marca um momento inédito na política norte-americana, um drama que poderia rivalizar com as mais emocionantes tramas de um thriller político.

Trump, que deve participar da audiência de forma virtual, está a poucos dias de ser empossado novamente como presidente. As intensas manobras legais para evitar a sentença em quatro diferentes cortes evidenciam seu desejo de continuar a luta contra a condenação, enquanto outras questões legais enfrentadas por ele poderiam ser deixadas de lado após sua vitória em novembro. A defesa argumentou que a condenação deve ser anulada à luz da decisão do Supremo sobre imunidade presidencial e considerando que Trump atualmente é o presidente eleito. Entretanto, o juiz Merchan rechaçou essas argumentações, mantendo a condenação e indicando que condicionaria a sentença à ausência de qualquer pena inadequada.

Por fim, é crucial lembrar que Trump foi condenado em maio deste ano por 34 contagens de falsificação de registros comerciais, relacionadas aos pagamentos feitos ao seu ex-advogado Michael Cohen, que reembolsou um pagamento de hush money de 130 mil dólares à estrela de filmes adultos Stormy Daniels, visando silenciá-la sobre um alegado relacionamento antes das eleições de 2016. Vale ressaltar que Trump sempre negou a ocorrência deste affair. Com o desenrolar dos eventos, observa-se que o cenário para o ex-presidente não é apenas desafiador, mas também representativo das tensões políticas e jurídicas que marcam a atualidade nos Estados Unidos.

Esta reportagem foi atualizada com novos desenvolvimentos.

Donald Trump

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