O renomado designer de moda francês Lloyd Klein falou abertamente sobre a recente morte de sua longínqua parceira, Jocelyn Wildenstein, uma socialite suíça conhecida pela mídia como “A Mulher-Gato” devido a suas cirurgias plásticas extremas. Em uma entrevista exclusiva ao Page Six, publicada no dia 12 de janeiro, Klein revelou a profundidade de sua dor e o impacto que a partida de Wildenstein teve em sua vida, descrevendo-a como “o amor da minha vida”. O falecimento da icônica socialite ocorreu enquanto ela dormia em uma soneca, na noite de Réveillon, dia 31 de dezembro, aos 84 anos.

Klein expressou seu desamparo e a saudade imensurável que sente dela, dizendo: “Ela era fabulosa. Eu a sinto a cada meio segundo, e ainda penso que estou em um pesadelo agora”. Suas palavras ecoam a tristeza de perder alguém que se tornou uma parte indissociável de sua existência ao longo dos anos. A relação deles não se limitou ao amor; era uma conexão repleta de risadas e momentos compartilhados, que agora se transformaram em lembranças muito queridas.

O designer também discutiu o escrutínio público que Wildenstein enfrentou em relação à sua aparência, especialmente com o aumento das operações estéticas ao longo dos anos. “Hoje, você caminha por Nova York, Palm Beach ou Los Angeles e todo mundo já fez cirurgia”, comentou Klein, sugerindo que Wildenstein pode ter sido pioneira em sua busca por uma nova estética. “Existem várias Jocelyns por aí, mas talvez ela tenha sido a primeira a fazer o que fez”, acrescentou, defendendo a socialite e pedindo respeito por sua individualidade.

Lloyd Klein e Jocelyne Wildenstein durante a Semana de Moda Mercedes-Benz Primavera 2004

Por trás de toda a controvérsia e crítica, Klein recordou a notável capacidade de Wildenstein de lidar com sua imagem pública com bom humor. Ele mencionou um incidente divertido em que, ao tentar reservar uma mesa em um restaurante, Wildenstein gritou: “Eu quero a mesa para a Mulher-Gato!”. Esse episódio ilustra a forma como ela transformou a negatividade em risadas, permitindo que sua personalidade vibrante brilhava mesmo nas situações mais desafiadoras. “Ela tinha um senso de humor que era fora deste mundo”, reitera o designer.

No entanto, a vida ao lado de Wildenstein não foi isenta de desafios. Klein lembrou que muitas vezes se sentavam juntos para ler os comentários sobre sua aparência nas redes sociais, brindando com champanhe e rindo das críticas. Contudo, ele ponderou sobre o impacto que isso poderia ter tido em sua parceira. Em uma conversa exclusiva com a revista PEOPLE sobre os últimos momentos que passaram juntos, ele reflete sobre a tristeza que sentiu ao acordar e descobrir que ela não estava mais viva. “Tivemos uma feliz hora de coquetéis na mesma noite e estávamos nos preparando para o Ano Novo, e decidimos tirar um cochilo só para ficarmos bonitos antes de nos vestirmos”, recordou.

Jocelyn Wildenstein em Nova York, 2022

Infelizmente, quando Klein acordou, percebeu que Jocelyn estava fria, já sem vida. “É muito triste. É extremamente triste deitar ao lado de sua outra metade que eu conheço há 21 anos, esperando para comemorar a véspera de Ano Novo e descobrir que a encontrei fria”, lamentou. O designer também explicou que Wildenstein enfrentava problemas de saúde, incluindo flebite, uma inflamação nas veias que poderia ter contribuído para sua morte súbita. “Por causa de sua flebite, as pernas dela estavam muito, muito inchadas, e o sangue estava entupido, não havia oxigênio no cérebro”, detalhou ele.

Os últimos dias de Jocelyn Wildenstein foram marcados por momentos simples, como um jantar no Ritz, apenas dois dias antes de sua partida. “Estava tudo bem, tudo bem”, ele assegurou, refletindo a tranquilidade dos momentos que antecederam a tragédia. Nascida Jocelyne Périsset em Lausanne, Suíça, em 1940, Wildenstein teve uma vida marcada por relacionamentos tumultuados, incluindo um casamento de longa data com o negociante de arte francês Alec Wildenstein, que se separaram em 1997 após um divórcio amplamente divulgado. O casal teve dois filhos, Diane e Alec Jr., mas neste momento, o que se destaca para Klein são as memórias e o amor que compartilharam ao longo de mais de duas décadas juntos.

Assim, a morte de Jocelyn Wildenstein é um lembrete não apenas da fragilidade da vida, mas também do profundo amor que une duas pessoas, marcado pelo drama que o passa a vida sob os holofotes. Lloyd Klein não só perdeu uma parceira, mas também uma amiga, uma companhia e uma fonte de alegria, e seu lamento ecoa como um tributo a todas as alegrias e tristezas que compartilharam juntos.

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