A renomada artista Christina Aguilera, conhecida por sua impressionante trajetória musical e por ter conquistado cinco prêmios Grammy, recentemente compartilhou uma reflexão intrigante sobre sua carreira durante uma entrevista com a cantora e compositora Raye, publicada na revista Rolling Stone. Envolvida em uma conversa franca, Aguilera não apenas discorreu sobre as influências que moldaram sua música, mas também revelou lições pessoais que aprendeu ao longo de mais de duas décadas nos holofotes. A entrevista, veiculada no dia 21 de outubro de 2023, trouxe à tona momentos de vulnerabilidade e autocrítica da artista, que agora conta com 43 anos de idade.
Quando questionada por Raye sobre se teria algum conselho a oferecer para a jovem cantora de 26 anos, Aguilera se mostrou admirada pelo talento precoce de Raye, afirmando: “Eu acho que ela já está à frente do jogo, para ser muito honesta com você.” Sua consideração a respeito do estilo autêntico da artista foi impressionante. Aguilera destacou a escolha de Raye em se apresentar descalça, revelando uma visão íntima sobre sua própria trajetória: “Eu já estraguei minhas pernas e meus pés com todas essas besteiras de salto alto”. A artista iniciou uma reflexão sobre os desafios físicos que enfrentou ao longo da carreira, destacando o desgaste no cartilagem de seu joelho como uma consequência de longos anos usando calçados inadequados em seus shows.
Com um toque de humor, Aguilera admitiu: “Nunca tive a ousadia de simplesmente fazer isso. Aqueles momentos em que você sente o chão sob seus pés são os melhores.” A escolha de se apresentar descalça, para Aguilera, não é apenas uma estética, mas uma forma de conexão com a performance. “Sinto que, quando estou usando sapatos, fico pensando sobre estar usando sapatos. É estranho?”, questionou Raye, esse tipo de introspecção que Aguilera parece ter frequentemente em relação aos elementos mais simples de um show. A discussão continuou com Raye perguntando sobre o desempenho vocal mais desafiador de Aguilera, que a cantora recordou com particularidade.
Aguilera revelou que sua apresentação da canção “A Song for You” ao lado de Herbie Hancock foi um marco desafiador em sua carreira, devido à complexidade da arranjo e à necessidade de improvisações. O seu nervosismo em cantar “Run to You” para Whitney Houston também foi um ponto marcante de sua trajetória, com a talentosa diva mostrando-se amável e encorajadora, o que ajudou Aguilera a superar o medo e brilhar naquele momento.
Durante o diálogo, houve um desdobramento importante quando Raye questionou Aguilera sobre momentos em que não se sentia no controle de sua carreira. Ouvindo suas palavras, fica claro que a artista não apenas atravessou a pressão típicas do setor musical, mas também enfrentou constantes conflitos internos. Em um relato sincero, Aguilera comparou seu cuidado com sua arte a ser “um pouco controladora”, lembrando um período em que se sentiu sufocada por imposições do mercado. Ela afirmou: “Quando entrei neste negócio, houve um grande boom pop, e era muito específico o que uma gravadora queria que uma estrela pop parecesse e soasse. Eu queria isso tanto”. Para a artista, a falta de controle criativo levou à sensação de estar “com as mãos amarradas”, resultando numa experiência dolorosa como artista. “Quando minhas mãos sentem que estão muito amarradas e não há espaço para respirar, é quando começo a sofrer”, refletiu.
Esta entrevista não só mostra o lado humano de uma artista renomada, mas também traz à tona questões que muitos indivíduos no mundo da música enfrentam, como a luta pelo controle criativo e a necessidade de autoafirmação em um mercado altamente competitivo. Ao se abrir sobre suas experiências, Christina Aguilera não apenas inspira novos artistas a se manterem autênticos, mas também amplia a conversa sobre os desafios que permeiam a indústria da música. É inegável que, independentemente das dificuldades, uma artista como Aguilera sempre encontrará formas de compartilhar sua verdade e deixar suas marcas indelevelmente na cultura musical.
