Na renomada New York Comic Con de 2024, realizada no dia 17 de outubro, Colin Farrell revelou sua abordagem inovadora sobre o papel de mentor no set da série da HBO, “The Penguin”. Durante a convenção, seu colega de elenco, Rhenzy Feliz, que interpreta o capanga Victor “Vic” Aguilar, compartilhou uma experiência marcante que ilustra essa relação.
Um momento especial entre mentor e aprendiz no set
Embora no drama criminal a caracterização de Farrell como Oz Cobb, mais conhecido como O Pinguim, traga uma aura intimidadora, sua interação com Feliz foi tudo menos isso. Feliz contou que existiam algumas cenas que ele estava particularmente ansioso para gravar. Entre elas, a primeira interação entre Vic e O Pinguim, um momento que ele descreveu como “um pouco assustador”. Feliz expressou sua ansiedade em relação a essa cena específica, mas rapidamente encontrou conforto na condução de Farrell.
“Nós fomos ensaiar em dado momento, começamos a dizer as falas, e eu acho que Colin pode ter sentido alguma coisa”, relatou Feliz. “Ele disse: ‘Sabe de uma coisa? Vamos não ensaiar isso. Vamos apenas fazer no dia.’” Essa estratégia de improvisação, enfatizando a importância de capturar a autenticidade do momento, revela o que há de especial na abordagem de Farrell: a confiança no talento improvisacional de seu colega e a busca por uma representação genuína da cena. Ao invés de um ensaio convencional que duraria cerca de uma hora, eles apenas se dedicaram a cerca de seis minutos.
A intensidade e a dinâmica entre os personagens
Com o clima de tensão e a expectativa crescente, eles se prepararam para gravar a cena na semana seguinte. Apesar de ser um momento de alta intensidade na narrativa, Feliz descreveu como a gravação transcorreu de maneira bastante positiva. A química entre os dois atores foi fundamental para o sucesso da cena. “Nós tivemos a sorte de trabalharmos de uma maneira bem semelhante”, destacou Feliz ao falar sobre a dinâmica que surgiu entre os dois ao longo das filmagens. “Qualquer ideia que eu trazia, e qualquer ideia que ele trazia, nós podíamos discutir. Encontramos nossos momentos e cenas juntos”, completou.
Além disso, Feliz esclareceu que não se tornaram “melhores amigos” antes de iniciarem as filmagens, mas sim que a construção da relação entre Vic e Oz ocorreu em um processo sinérgico. “Foi perfeito. Eu não teria de outra forma”, disse ele, refletindo sobre o desenvolvimento de sua amizade e das interações na tela. Essa sintonia entre os atores trouxe uma nova dimensão aos personagens, proporcionado pelo fato de que ambos estavam aprendendo a se conhecer e compreender o trabalho do outro ao mesmo tempo em que desvendavam suas próprias representações no universo da série.
Um cruzamento de mundos em ‘The Penguin’
A narrativa de “The Penguin” dá continuidade aos eventos de “The Batman”, no qual Robert Pattinson interpretou o icônico herói. A série explora como Oz Cobb tenta consolidar seu papel de liderança no submundo de Gotham City. Além de Farrell e Feliz, o elenco conta com a participação de Cristin Milioti, Michael Kelly, Shohreh Aghdashloo, Deirdre O’Connell, Clancy Brown e Michael Zegen, formando um time robusto capaz de trazer à vida a complexidade das relações e intrigas na cidade sombria.
O comprometimento da equipe em criar um conteúdo envolvente é representado pela seriedade e pela dedicação que cada ator traz para seus papeis, um reflexo do que se espera das produções da HBO. À medida que “The Penguin” continua a conquistar a audiência, muitos esperam por mais momentos memoráveis que definem a dinâmica de mentor e aprendiz entre Farrell e Feliz, resultando em uma série que além de entreter, também se preocupa em estabelecer relações autênticas.
Expectativas para o futuro da série
Com a série em exibição todos os domingos às 21h ET na HBO e no Max, os espectadores estão ansiosos para ver como a interação entre esses personagens se desenvolverá nas próximas semanas e como Colin Farrell continuará a impactar não apenas seu personagem, mas também seus colegas de elenco com seu estilo singular de orientação. É essa mistura de intenções e verdadeiros momentos emocionais que fazem de “The Penguin” uma experiência envolvente e memorável, e que convida o público a pensar sobre o espaço que cada um ocupa dentro de um enredo. Afinal, em um mundo onde a linha entre o bem e o mal é frequentemente borrada, o que realmente significa ser um mentor? A resposta parece residir em como somos capazes de aprender e crescer juntos, mesmo no mais sombrio dos cenários.