A dor da perda de um ente querido é um dos fardos mais pesados que alguém pode carregar na vida. Entretanto, a situação se torna ainda mais angustiante quando erros monumentais ocorrem durante arranjos funerários, como o que aconteceu com a família de Addison Jenkins. A denúncia feita pela família, que foi protocolada no dia 5 de setembro no Tribunal Superior de Nova Jersey, revela uma série de falhas que, segundo os acusadores, resultaram em um sofrimento emocional devastador. Essa história, que parece ter saído de um filme de terror, levanta questões preocupantes sobre a maneira como os serviços funerários são prestados e a responsabilidade que os profissionais têm ao lidar com o luto alheio.

Segundo o processo, Addison Jenkins faleceu em 11 de fevereiro de 2023, e sua família fez os devidos arranjos com a Boyd Funeral Home em Camden, incluindo uma cerimônia de visualização no Faith Tabernacle marcada para 18 de fevereiro, seguida de cremação. A esposa do falecido se apresentou à funerária no dia 15 de fevereiro, levando as roupas e pertences pessoais de Jenkins para a preparação dos serviços. O que deveria ser um ritual de despedida e reverência rapidamente se transformou em um pesadelo.

De acordo com o relato da família, dois dias depois, durante a visita ao funeral, eles se depararam com uma cena que deixaria qualquer um em estado de choque: um corpo não reconhecível vestido com as roupas de Addison Jenkins dentro do caixão. O desespero tomou conta da família, que se viu diante não apenas da perda de um ente querido, mas também da possibilidade de que o corpo que havia sido preparado para a visualização não pertencesse a ele. A esposa e outros membros da família descreveram o momento como “imediatamente angustiante e revoltante”, ressaltando que estavam “chocados, confusos e em lágrimas”.

O processo aponta que o diretor da funerária não estava presente para esclarecer a situação angustiante. Em vez disso, um funcionário apresentou mensagens de texto do diretor afirmando que o corpo era de Jenkins. Uma artista de maquiagem da funerária também tentou acalmar a família, garantindo que o corpo mostrado era realmente de Addison. Contudo, o que deveria ser uma confirmação se tornou um emaranhado de incertezas; a família e os funcionários da funerária discordavam sobre a identidade do corpo encontrado no caixão. A confusão fez com que os entes de Jenkins exigissem provas mais concretas de que o corpo era de fato o de seu amado.

As semanas que se seguiram foram marcadas por uma luta emocional que levou a família a questionar a integridade e a competência da funerária. Em uma tentativa de minimizar a angústia, o diretor da funerária enviou fotos para a família, mas havia uma desconexão alarmante entre o que lhes foi apresentado e a realidade. A família apontou marcadores físicos inconfundíveis de Jenkins: uma infecção nos pés e a presença de um “ouvido de couve-flor”, características que não estavam no corpo que analisavam. Em 18 de fevereiro, o dia da visualização, a família pediu que o caixão fosse aberto novamente. Desta vez, eles puderam confirmar a identidade do corpo: era realmente o de Addison Jenkins.

Esse incidente deixou os familiares em estado de “angústia emocional severa” e levando a um sofrimento desmedido. O processo suscita questões cruciais sobre a responsabilidade de serviços funerários e o impacto emocional que um erro dessa magnitude pode ter sobre as famílias já enlutadas. De acordo com a denúncia formal, a Boyd Funeral Home é acusada de negligência, não utilizando o nível de habilidade profissional aceitável, o que causou um sofrimento emocional profundo aos parentes de Jenkins. A família agora busca justiça por meio de um julgamento por júri, pleiteando danos compensatórios e punitivos.

Este caso ressalta a importância de um serviço funerário respeitoso e profissional, especialmente durante um momento tão delicado. O que deveria ser uma passagem sagrada e de despedida se transforma em um trauma duradouro quando a confiança é rompida. A tragédia de Addison Jenkins serve como um alerta para todos os que buscam serviços funerários, sublinhando a necessidade de maior supervisão e responsabilidade nesta profissão crítica.

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