A celebração da música e da trajetória de Cher encontrou um desfecho memorável no dia 19 de outubro, quando a lendária artista foi oficialmente induzida ao Rock & Roll Hall of Fame em Cleveland. Com um sorriso que transmitia tanto alívio quanto alegria, Cher, aos 78 anos, subiu ao palco para interpretar sua famosa canção de 1998, “Believe”, ao lado da estrela pop Dua Lipa, que trouxe um frescor à cerimônia repleta de emoções. Em seguida, a cantora apresentou um número solo com a poderosa “If I Could Turn Back Time”, marcando momentos que certamente ficarão guardados na memória dos fãs.
A jornada musical de Cher e suas conquistas
Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, Cher tem se reinventado continuamente, tornando-se um ícone inigualável na indústria da música. No entanto, sua jornada em direção ao Rock & Roll Hall of Fame não foi isenta de desafios e desilusões. Durante muito tempo, Cher expressou sua frustração em relação à organização, tendo sido elegível para a indução desde 1990. Ela, que já havia criticado abertamente a entidade em ocasiões anteriores, revelou que não se sentia valorizada, afirmando em uma aparição no programa de Kelly Clarkson, em dezembro de 2023: “Eu não gostaria de estar nele agora, mesmo que me dessem um milhão de dólares”. Essa declaração contundente demonstrou a profundidade de sua condição em relação à honra que finalmente lhe foi otorgada.
Neste contexto, Cher não hesitou em compartilhar suas reflexões com a plateia e jornalistas após sua indução. Ela fez uma piada divertida a respeito de seus casamentos: “Foi mais fácil me divorciar de dois homens do que entrar nesse lugar”, em referência a seus casamentos com Sonny Bono e Gregg Allman. Essas observações revelam quanto Cher, mesmo em um momento de celebração, mantém seu espírito irreverente e autêntico.
Reflexões sobre a indução e os colegas homenageados
Com o peso da expectativa e frustrações passadas, a emoção de Cher ao ser finalmente reconhecida foi palpável. A artista admitiu sentir um amor-ódio em relação ao Rock & Roll Hall of Fame, refletindo: “O que eu realmente teria que fazer para ser parte disso? Depois de muito tempo, cheguei a conclusão de que estava bem em não fazer parte disso”. Entretanto, ao ver seu nome ao lado de grandes nomes da música, como Mary J. Blige, Dionne Warwick, Dave Matthews Band e Ozzy Osbourne, Cher se sentiu aquecida e grata por essa nova página em sua história musical.
Um aspecto que também contribuiu para a mudança em sua perspectiva foi o apoio de David Geffen, ex-namorado e renomado executivo da indústria musical, que escreveu uma carta à organização ressaltando o valor e a importância de Cher. Ela compartilhou que poderia ter pedido que ele retirasse a carta, mas suas palavras de encorajamento a tocaram profundamente, fazendo-a sentir-se valorizada. Cher mencionou que, depois desse apoio, ficou muito feliz com sua indução, afirmando: “Se eu não tivesse mesmo essa sensação, não estaria aqui”.
Conclusion: Um novo capítulo para Cher e sua relação com o Rock Hall
Após anos de espera e descontentamento, a inclusão de Cher no Rock & Roll Hall of Fame simboliza não apenas um reconhecimento tardio, mas uma nova fase em sua relação com a instituição. Essa noite em Cleveland não foi apenas sobre uma artista recebendo a homenagem que merece, mas também sobre como a arte e a resiliência podem prevalecer diante de desafios. O que se viu foi uma verdadeira celebração da música, da luta e da alegria de ser reconhecida em um espaço que antes parecia inalcançável. Cher mostrou que, assim como sua música, sua trajetória é feita de reviravoltas e que o amor declarado por sua arte finalmente encontrou eco em um lugar que, por anos, lhe parecia distante. Agora, com um capítulo novo e vibrante em sua vida, Cher continua a ser um símbolo de perseverança e transformação, inspirando a todos ao seu redor.